Veto dos Estados Unidos ao projeto brasileiro na ONU foi um absurdo total

EUA protestam contra falta de menção do direito de autodefesa de Israel

Pedro do Coutto

Os Estados Unidos usaram o poder de veto no Conselho de segurança da ONU para derrubar o projeto de resolução do Brasil propondo ajuda humanitária às populações de Gaza e o cessar fogo na região conflagrada, situação que se agravou profundamente com a explosão de um hospital que causou a morte de centenas de pessoas inocentes.

O impacto do veto dos Estados Unidos foi tão intenso e de efeito negativo que o próprio governo de Israel, que nega a autoria da bomba contra o hospital, autorizou um corredor humanitário de ajuda emergencial ao Sul de Gaza a partir da fronteira com o Egito.

EXPECTATIVA –  O presidente Joe Biden visitou Israel e se encontrou com o primeiro-ministro Netanyahu. Esperava-se, como ele próprio previu, um ato positivo em relação à calamidade que ocorre, sobretudo porque estava previsto um encontro entre ele e lideranças árabes.

Os líderes árabes cancelaram o encontro com Biden e o presidente americano, candidato à reeleição em 2024, ficou mal no episódio. O presidente americano, portanto, ficou numa posição difícil de reflexo político e até internacional. Afinal, votar contra o cessar fogo é votar a favor da morte. O conflito que assume características de horror, exige uma solução rápida, ao contrário do que aconteceu com o endosso da Casa Branca.

VOTAÇÃO – A proposta brasileira recebeu 12 votos a favor, com a abstenção do Reino Unido e da Rússia, e o apoio da França e da China. O Brasil condena o ataque do Hamas de 7 de outubro, como é natural. Mas estava propondo apenas uma solução de efeito imediato voltada para preservar centenas de milhares de vidas humanas.

O presidente Lula da Silva teve uma atuação positiva no plano da guerra. Afinal, defender vidas humanas é algo fundamental. O Globo publicou ampla matéria sobre o assunto na edição desta quinta-feira, e na Folha de S. Paulo a reportagem é de Fernanda Perrin.

DESPACHO –  Reportagem de Rafael Soares, O Globo desta quinta-feira, focaliza o escândalo decorrente de um despacho de um desembargador de plantão na Bahia, na cidade de Salvador, autorizando, no final de semana, a prisão domiciliar de um criminoso considerado extremamente perigoso e que lidera uma facção do narcotráfico. O desembargador foi afastado, mas o seu ato revelou o aprofundamento cada vez maior das redes do crime.

No Rio de Janeiro, policiais civis foram presos pela Polícia Federal durante a Operação Drake, que foi deflagrada nesta quinta-feira. As investigações apontaram que os envolvidos venderam 16 toneladas de maconha para uma facção criminosa e ainda escoltaram a carga ilegal para uma favela dominada por traficantes. Em São Paulo, Barueri, as investigações do Exército prosseguem para identificar os autores do furto de metralhadoras de alta potência, negociadas com agentes do crime.

No Congresso Nacional, o Centrão ameaça obstruir votações importantes do governo enquanto não forem nomeados os dirigentes da Caixa Econômica Federal e da Funasa. Como se verifica, a desordem se expande.

10 thoughts on “Veto dos Estados Unidos ao projeto brasileiro na ONU foi um absurdo total

  1. Todos que viviam nessa região: Palestina e adjacências eram da mesma etnia, eram o mesmo povo que tomaram rumos religiosos diferentes, uns judeus originários e mais tarde judeus convertidos e outros muçulmanos.
    Essa guerra, é entre irmãos, em que o maior interessado são os EUA por questões geológicas para a dominação do planeta.
    Netanyahu, não percebeu que está sendo usado para atender a política externa dos EUA. Alias, quaisquer presidente do EUA, sejam republicanos ou democratas ou podem ser de esquerda ou direita para consumo interno, mas para a política externa, todos os presidentes com pequenas diferenças de ação, tem de respeitar uma pauta considerada pétrea, a política de dominação do planeta.
    Quase todas guerras tem no mínimo o dedo dos EUA.

  2. “Meu filho foi assassinado e não quero vingança’: as vítimas do Hamas que criticam a ofensiva de Israel em Gaza”

    Diante da crise humanitária em Gaza, as pessoas que perderam familiares nos ataques do Hamas apelam para o fim da ofensiva israelense em território palestino.

    https://www.terra.com.br/noticias/mundo/meu-filho-foi-assassinado-e-nao-quero-vinganca-as-vitimas-do-hamas-que-criticam-a-ofensiva-de-israel-em-gaza,6a72e5a68e64653223b5dcf09d189589vk34fjua.html?utm_source=clipboard

  3. Pedro do Coutto e Loola estão certos, onde já se viu dar o direito de Israel se defender?
    Os gringos não concordaram muito e vetaram a prosódia $talinaciana.
    Mas uma coisa é certa, a ONU jamais será a mesma depois que Dom $talinacio Curro de la Grana se aboletou na cadeira da presidência rotativa. Até o Biden que, digamos assim, é meio progressista não digeriu a prosopopeia petralha a nível mundial. Ali $talinacio não leva no bico.

  4. Lamentável sob todos os aspectos humanitários e lógicos, o veto do governo americano contra a Resolução da ONU, que recomendou um cessar fogo envolvendo Israel e o grupo terrorista Hamas, para possibilitar a ajuda aos moradores palestinos na Faixa de Gaza.
    Falta água, alimentos e energia. Os civis estão morrendo de inanição e das demolições de prédios e casas.
    Está ocorrendo um massacre. Não há dúvidas, que o ataque criminoso do Hamas contra os civis israelenses em 7 de outubro, foi o causador da desgraça atual, vivida pelos palestinos.

    Mas, Joe Biden, que tanto crítica Putin pelas bombas lançadas contra a Ucrânia, nesse caso, Biden lavou as mais sujas de sangue, impedindo uma trégua para o socorro da população Palestina. E o pior de tudo, Joe Biden agiu no veto a Resolução da ONU, para subir nas pesquisas eleitorais visando a vitória nas eleições presidenciais do ano que vem. Biden tenta desesperadamente sair na frente de Trump nas pesquisas. Os dois políticos sofrem críticas generalizadas da sociedade americana. Um é bum golpista declarado, mentiroso e perigoso para a Democracia mundial. Biden parece um zumbi, discursando e tem trocado nomes, dando sinais claros de cansaço. Nenhum dos dois tem condições de dirigir a maior democracia do planeta.

    Enquanto isso, a limpeza étnica continua a todo vapor, na destruição dos palestinos na Faixa de Gaza. O grupo terrorista Hamas segue firme, sem ser atingido pelas toneladas de bombas lançadas a esmo sobre Gaza.

    Felizmente, os demais atores fronteiriços de Israel, a Síria, o Egito, a Jordânia e o Líbano, não querem entrar no conflito, pois condenam a ação terrorista do Hamas. Por outro lado, a grave crise economica, que atinge a região, impede a progressão da escalada militar. As populações sofrem com a pobreza e com crises internas graves, principalmente a Síria, que foi devastada pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

    Não há nenhuma ilha de progresso e virtuosismo, em todas as regiões da Terra. Há dificuldades de toda ordem nos Estados Nacionais. Esse caldo de dor e sofrimento mundial, tem os componentes trágicos para disparar rastro de pólvora de uma nova guerra mundial. A terceira hecatombe, pode explodir a vida na Terra.
    Quem resistirá aos efeitos das bombas nucleares? Parece que ninguém ficará livre da contaminação e das explosões.

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