Controle da inflação é avaliado como “ruim ou péssimo” por 46% dos brasileiros

Somente educação é avaliada positivamente neste governo

Pedro do Coutto

A inflação, a segurança pública e a saúde, revela a pesquisa do Ipec publicada na edição de ontem de O Globo, foram fatores apontados como os maiores problemas para o presidente Lula da Silva. A atuação do governo nessas áreas deixa a desejar, enquanto na educação a posição governamental não é ruim. Sem dúvida, o presidente da República precisa dar mais atenção a esses três setores dentro do seu projeto de recuperar a popularidade perdida nos meses iniciais do seu mandato.

Entre as questões que despertam mais críticas, destaca-se a inflação. A pesquisa mostra que 46% julgam as medidas do governo para conter o aumento dos preços como ruins ou péssimas. O valor é o dobro do percentual que acredita que a atuação é boa ou ótima (23%).

PRODUTOS MAIS CAROS – A despeito de a inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses (de 3,93% até março) estar abaixo do teto da meta, a percepção de que serviços e produtos estão mais caros permeia todos os estratos da população. Dentre os mais ricos, que ganham acima de cinco salários mínimos por mês, 59% acham que o governo vai mal no controle da inflação. A taxa é menor entre os mais pobres (37%), mas mesmo nesse grupo a insatisfação também supera o percentual dos que veem um “bom” ou “ótimo” desempenho do governo.

Os resultados também mostram que a avaliação é negativa com relação à segurança pública e à saúde. Os dados apontam que 42% consideram a atuação do governo como ruim ou péssima em ambas as áreas. O levantamento foi realizado entre os dias 4 e 8 de abril, com 2 mil pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

ELEIÇÕES – Os dados da pesquisa são importantes, inclusive, para os candidatos às eleições municipais deste ano, pois os problemas não solucionados ou para os quais, segundo a população, não são alvo correto de acertos do governo, acendem um sinal de alerta para o Executivo.

Nem todos os problemas focalizados aqui, como o da segurança pública, dependem mais diretamente do governo federal. Mas, o importante é que a sociedade brasileira não vê distinção entre o governo de Brasília e os governos estaduais. Portanto, seria importante para o governo Lula reunir-se com os governadores para tratar do tema, fixando metas e novas diretrizes de combate à criminalidade que está correndo solta em centros urbanos e em áreas do interior.

Não é possível que o governo apenas assista à divulgação dos crimes praticados no país. A sociedade espera que o presidente dê grande ênfase à questão que atinge o seu prestígio e a segurança de todas as pessoas.

7 thoughts on “Controle da inflação é avaliado como “ruim ou péssimo” por 46% dos brasileiros

  1. “”…Lula está tonto, sem lembrar que dieta do feijão com arroz é um bom alimento…””

    Arroz, Feijão, batata, cebola, ovo, alface, tomate, e frutas tem que estar na mesa do povo brasileiro, é o básico do básico…..

    Construir um “Museu da Bandidocracia, ops errei, Democracia não coloca arroz e feijão no prato, distancia ainda mais o povo e cresce a desigualdade.

    Nem o Ladrão e nem o Super-Vilão Lord VoldeMort estão preocupados com o povo, aliás, como dizia o Justo Veríssimo. “Eu quero que o povo se exploda.

    Vão ser burros assim lá no Jornal do Homer Bonner e o LuladrãopNews com suas Chacretes Amestradas da Rede Esgoto de Depravação….

    • PS.

      Arroz atinge valores que batem no telhado do cèu, idem com feijão.

      Uma simples goiaba custar 5,00 un

      Um simples mamão papaia custar 7,00 un ou 9,99 no mercado é de doer os calos.

      O Sr. Pedro é bloqueado pela Grande Mídia Nefasta Bandida e Corrupta com as informações cotidianas da realidada brasileira, mas estamos aqui para contrariar a Extema-Midia do Eixo do Mal…..

  2. Não acredito nesse índice. Quem vai fazer compras sente no bolso o preço dos produtos. Ainda mais depois que o presidente do IBGE, falou que ia mudar os cálculos de alguns índices

    • Na mosca

      Jornalista que não bate o pé para ver a realidade brasileira não sabe os preços praticados nos mercados e feiras..

      Os aumentos são praticamente toda a semana, é só verificar, gastem sola do sapato para ver o estrago feito pela Quadrilha da Ratazana Cachaceira.

      E tem Jornalista e “ceguidores” da SS (Seita Sovietica) que acreditam na inflação de 0,13% ao ano……

  3. Preço de alimentos já sobe mais que o dobro da inflação este ano

    Em janeiro e fevereiro, custo da comida em casa subiu 2,95%, contra 1,25% do IPCA. El Niño afetou colheita. Feijão, arroz, batata e cenoura já têm alta superior a 10% em 2024

    “Tem alimentos de um ano para o outro aumentam mais de 50%….., é só gastar sola de sapato para ver o estrago…

  4. É o prato, querido; preço dos alimentos janta popularidade de Lula

    Quais são as evidências de que é mesmo o prato, querido?

    Vários estudos acadêmicos feitos sobre a crise dos preços dos alimentos em 2008 no Brasil constataram que a popularidade presidencial pode ser significativamente piorada pela inflação alimentar. Ao contrário do desemprego, que afeta uma parcela da população, a inflação impacta todos os cidadãos. Todo mundo come, ou deveria comer.

    O que era verdade em 2008, continua verdadeiro em 2023 e 2024. Em setembro passado, a popularidade do governo Lula atingiu seu ponto mais alto, segundo o Ipec (ex-Ibope): 40% de ótimo+bom contra 25% de ruim+péssimo. Seis meses depois, veio o ponto mais baixo. Em março passado, Lula tinha 33% de ótimo+bom e 32% de ruim+péssimo. O que mudou de lá para cá?

    Em setembro de 2023, a inflação acumulada da alimentação no domicílio acumulava queda de 0,8% em 12 meses. Ou seja, no conjunto, o custo de se alimentar havia diminuído. A cebola tinha ficado 27% mais barata, o frango caído 14%, a carne barateado 11%, por exemplo.

    Em março de 2024, a situação se invertera. O prato tinha ficado 2,5% mais caro, no geral. Mas, para alguns ingredientes fundamentais na alimentação do brasileiro, a carestia tinha sido muito maior. Entre abril de 2023 e março de 2024, a lista dos alimentos cujos preços dispararam era grande:

    Arroz: + 28% em 12 meses;

    Matéria: UOL Economia

  5. “…Somente educação é avaliada positivamente neste governo…”

    “….Posição do Brasil no Pisa reflete outra lanterna em ranking internacional: o de investimento em educação

    A lógica é implacável: quem investe mais em educação, incluindo na valorização dos profissionais, obtém melhores resultados…”””

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