Crimes evidenciam ramificações e seus reflexos na esfera social

Fuga de Mossoró demonstra a expansão da criminalidade

Pedro do Coutto

O episódio da fuga de criminosos em Mossoró e os fatos dramáticos da violência em diversas áreas do país acentuam a complexidade do tema, uma vez que o crime revela as suas ramificações e, apesar dos esforços dos esquemas de segurança, continua se expandido, sobretudo nos centros urbanos. A insegurança está ocupando o espaço que deveria ser preenchido pela estabelidade e pelo controle, tendo consequências profundas na esfera social.

A falta de comprometimento de autoridades está se fazendo sentir, como inclusive focalizou Elio Gaspari em seu espaço de domingo no O Globo e na Folha de S. Paulo. As facções confundem-se e assinalam o enfraquecimento do poder público em combater o crime organizado que se disfarça em divisões que incluem  características diversas. Quando se pensa que o combate é entre o confronto de áreas diversas e definidas, eis que vem à tona uma realidade cada vez mais preocupante.

SITUAÇÕES POLÍTICAS – Em regiões de renda menor, o crime habita em pontos diferentes, envolvendo situações políticas não muito definidas aos olhares da lei. Mossoró é um exemplo de um tipo de conivência que engloba aspectos surpreendentes, refletindo o apoio que o crime revela no tecido social.

Uma campanha contra o crime e os criminosos deve ser articulada pelo governo em caráter permanente, sendo capaz de identificar o que de fato está acontecendo nos bastidores da política e da administração, com o objetivo de fornecer às populações direitos inegáveis. Existe uma mistura de interesses e vontades que estão mobilizando e dificultando extremamente o poder público.

EXPANSÃO – Os assassinatos e os roubos se repetem e expandem-se de forma impressionante. É preciso que seja realizado um movimento de divulgação que possa incluir no comportamento da sociedade uma resistência mais ampla ao que está se verificando. A fuga de Mossoró chama a atenção para as deficiências sociais no que se refere ao combate à criminalidade de forma efetiva.

Trata-se de um processo que será lento, mas indispensável para todas as pessoas que são ameaçadas de forma constante e cada vez mais perigosa. É urgente mudar o sistema que compromete toda a sociedade e todo o universo da segurança. A começar pela identificação das correntes que se disfarçam nos campos políticos e da administração pública que no fundo não apresentam um caminho concreto de atuação. A integração dos governos federal e estaduais são essenciais e precisam ser menos vulneráveis.

8 thoughts on “Crimes evidenciam ramificações e seus reflexos na esfera social

  1. Abrólhos!
    “Então me disse: Vês isto, filho do homem? Há porventura coisa mais leviana para a casa de Judá, do que tais abominações, que fazem aqui? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.”
    Ezequiel 8:17

  2. Se as urnas “não mentem”, o povo brasileiro habilitado a votar periodicamente escolhe seus algozes.
    Noves fora suas excrescências inquilinas dos podreres legislativos nas três esferas cloacais, ficamos na bipolaridade indigente e carente de qualificações intelectuais.
    O horizonte de 2026 não prenuncia quaisquer melhorias, pois todos que teriam o poder das palavras para iniciar alguma mudança, e por razões pouco ou nada republicanas, continuam a acender suas velas diariamente para falsos santos milagreiros.

  3. Os presos sempre vão tentar fugir da prisão.
    A sétima arte é pródiga em mostrar na tela fugas espetaculares, no Brasil e no exterior. Alcatraz, Pappilon e aqui no Brasil, quando a Ilha Grande tinha o maior presídio federal do país, teve fuga também e o “muro” era o oceano atlântico.

    Portanto, está havendo muita fumaça para pouco fogo, na fuga desses dois presos no Presídio de Segurança Máxima de Mossoró no Rio Grande do Norte.

    O cerco se fecha e certamente os dois fugitivos serão capturados. Creio, que ainda estão no perímetro de Mossoró, escondidos em alguma fazenda.

  4. A Extrema Direita vai usar essa fuga de Mossoró para atacar a política de segurança do governo atual.
    Por esse caminho, o da Insegurança, líderes da Direita assumem o Poder e se tornam ditadores.
    O caso mais emblemático é o do ditador reeleito de El Salvador.
    O fascista prendeu indiscriminadamente 75 mil salvadorenhos. O Congresso e o Judiciário é comandado por ele.
    Como ele conseguiu isso.
    Deu momentaneamente, uma sensação de segurança para o povo, mas tirou a Liberdade. Deu aos militares, bônus em forma de compra de equipamentos militares e aumento do soldo.

    Virou um ditador eterno.

    Observem os movimentos do louco da Argentina, o cara que tem um cachimbo morto como seu alter ego, fala com o cão, chama-se Javier Milei.
    Teve um encontro com Donald Trump nos EUA, para receber instruções, de como planejar e executar um Golpe de Estado. O povo argentino, que se cuide, Milei está preparando um Golpe.

  5. Debaixo desse angu tem caroço.

    Haja vista a liberação para o roubo de celulares e furtos de pequeno valor. A tendência real é o aumento ainda maior da criminalidade, porque não trabalhar para o aumento dos postos de trabalho, assim como melhor qualificação profissional para esses “coitados”, e não empurrá-los para a vida de crimes?

  6. recordar é viver….

    Sr. Pedro, veja o que escrevi alguns meses atrás sobre a violência….

    Sr. Newton e Sr. Pedro..

    Vejam quem foi “vitima” das ‘vitimas da sociedade”, como diz a propria vitima, Deputada pelo Partideco Comuna-Psicopata.

    A propria deputada é uma das defensoras “dos bandidos” que tocam o terror na população.

    Ela prefere defender bandidos do que as vitimas desses carniceiros malditos…

    Eles pensam que estão imunes da violência que se alastra pelo Páis….

    Mas……

    Continuem a passar pano e alisar os bandidos…..

    Tabata Amaral é ferida em tentativa de assalto
    Deputada foi atingida por estilhaços e teve a boca e mãos feridas após homem quebrar vidro de carro para tentar roubá-la

    Pré-candidata à prefeitura da capital diz nunca ter se sentido tão insegura na cidade..

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