“Se não é genocídio, não sei o que é”, repete Lula sobre ação de Israel

Lula da Silva voltou a condenar o ataque de Israel à Faixa de Gaza

Pedro do Coutto

Nesta sexta-feira o presidente Lula da Silva voltou a condenar o ataque de Israel à Faixa de Gaza. Setores do governo afirmam que Lula foi mal interpretado em sua primeira declaração. A fala, desta vez, aconteceu no Rio de Janeiro, durante o lançamento da Seleção Petrobras Cultural.

“O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não estão morrendo soldados, estão morrendo mulheres e crianças dentro do hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio”, afirmou.

INTERPRETAÇÃO – Lula ainda disse para ninguém tentar interpretar a entrevista que ele deu no último domingo, dia 18, e pediu para que todos a leiam, “ao invés de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel”.

As primeiras afirmações do presidente da República, porém, foram bastante claras e infelizes na comparação a uma tragédia universal que não encontra paralelo em nenhum outro acontecimento ocorrido através dos séculos. Foi uma forma, na minha opinião, de deslocar o primeiro pronunciamento do plano político mais intenso e a sua repercussão internacional.

SALÁRIO – Enquanto isso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, suspendeu o contrato de trabalho entre o partido e o general Braga Neto, anunciando publicamente que determinou o cancelamento do pagamento de salários estabelecidos. Braga Netto ganhava cerca de R$ 30 mil pagos pelo partido.

Valdemar suspendeu os pagamentos desde que foi proibido de se comunicar com Braga Neto, uma vez que estão sendo investigados pela Polícia Federal no inquérito do roteiro do golpe.

Em nota, o PL afirmou que o corte no salário ocorreu por “impedimento temporário na prestação de serviços em decorrência de prisão preventiva ou cautelar diversa” que gerou “impedimento na execução das atividades laborais”. Sendo assim, “o respectivo contrato deve ser suspenso enquanto perdurar tal situação”

17 thoughts on ““Se não é genocídio, não sei o que é”, repete Lula sobre ação de Israel

  1. O mundo hoje desfruta da “inteligência artificial”, mas nós aqui no Brasil, por enquanto só temos mesmo é a “ignorância oficial”.
    Até quando “Catilina de Garanhuns”, zombarás da nossa paciência?

  2. Bolsonaro: “Não entendeu? O Irã tem um governo que apoia terroristas”.

    Lula: “Não entendeu? Israel tem um governo que pratica o genocídio”.

    Os conflitos não passam de pretextos.

    • Prezado Antônio Rocha. Adorei o seu comentário no artigo anterior do mestre Pedro do Couto.
      Também assistia aos debates populares comandados pelo saudoso Haroldo de Andrade nas manhãs, da Rádio Globo. Nestes debates, Pedro do Couto ensinava de segunda a sexta, lições de cidadania. O neurologista Carlos Bacelar também discutia sobre tudo.

      O ilustre editor Carlos Newton, bem que poderia, reviver aqueles debates populares de grande relevância para a
      População. O Editor seria uma espécie de mestre de cerimônias e poderia convidar os comentaristas da TI para participarem da Live da Cidadania. A cada dia, um comentarista conservador e outro progressista. Vale tudo, menos falar palavrão, xingar a mãe e brigas entre si. O uso da palavra para esclarecer o povo.
      Tá faltando isso.

    • Nobel da paz pro LADRÃO? Kkk… só no Brasil mesmo para se cogitar tamanho absurdo. Nobel da paz para o CONDENADO em 3 instâncias. Nobel da paz para o amigo de traficantes e ditadores. Nobel da paz pra quem veste CPX. Kkk… Por falar em Nobel da paz, o BANDIDO de 9 dedos já resolveu o problema da guerra Russia/Ucrânia numa rodada de cerveja num boteco? Kkk…

    • Primeiro,lista os nomes de líderes mundiais de renome que deram apoio ao molusco. Não chamo esses caras de líderes, os presidentes de Cuba, Venezuela, Bolívia e o terrorista da Colômbia.
      Quem assiste a grobo news tem que ser estudado.

  3. Ainda não é genocídio, o que Israel faz é crime de guerra. Execução de prisioneiros, atacar hospitais, bombardear areas com civis para a atingir o Hamas.

    Em breve veremos militares e pessoas do governo sendo presos quando sairem de Israel.

    Mas está muito proximo de virar genocídio.

  4. Alguém precisa perguntar ao lula, o que ele mesmo entende por “genocídio”, e explicar o verdadeiro significado da palavra.
    Perguntar também se acha “genocídio” a taxa de 22,4 mortes por 100.000 habitantes, como existe no Brasil e se o assassinato de UM MILHÃO de brasileiros em 18 anos, como diz ONU, também não caracteriza genocídio?
    Ele que deixe de se preocupar com a bíblica briga entre os “hebreus e filisteus”, e faça alguma coisa para diminuir a criminalidade no Brasil, que isso sim deveria ser a preocupação nossa e principalmente dele e da sua turma.
    Aqui morre mais gente do que na Palestina e na Ucrânia.

    • Por genocídio ele deve entender as consequências do fechamento de alguma montadora de São Bernardo do Campo.
      Quanto a hebreus e filisteus, ele irá perguntar se são alguma marca de pneus.

  5. O que está acontecendo na Faixa de Gaza é genocídio de um povo, a população palestina.
    A destruição do Norte de Gaza, é quase total. Os prédios vieram abaixo. Virou escombros. Pior do que um terremoto.
    A população foi obrigada a migrar para o Sul da Faixa de Gaza. Agora, Israel está atacando com bombas de fragmentação e bombas, que destroem qualquer prédio em segundos.
    Um milhões e meio de palestinos estão confinados num perímetro, sem saída. O Egito construiu um muro de sete metros impedindo os palestinos de fugirem.
    Os terroristas do Hamas, não passam de mero detalhe para o primeiro ministro Beijamim Netaniyau. Os humanistas judeus estão envergonhados com a violência desse ser frio e calculista. Ele deve ser julgado pelo Tribunal de Haia, por estar cometendo crime de guerra.
    Mais de 30 mil palestinos já morreram. 12 mil crianças. Setenta ( 70) mil feridos com gravidade. Os hospitais também estão sendo bombardeados e nos que estão em pé, faltam remédios, gazes, falta quase tudo. Só tem energia gia, durante quatro horas, no restante do dia, Netaniyau manda cortar a distribuição de energia
    Pergunto: É ou não é um massacre deliberado?

    O Humanismo acabou no mundo. Nas Escolas Dominicais, alguns pastores ensinam, que o Humanismo e contra as leis de Deus, porque ficam no homem. Uma leitura equivocada da importância da humanização das consciências.
    O resultado disso tudo, são que pessoas adoram Deus no culto e fora dele pregam a morte dos filhos de Deus e suas criaturas.
    Por que essa vontade de ver o ser humano, criatura de Deus, sofrer tanto aqui na Terra,?

  6. Quanto a suspensão do salário do general Braga Neto e do coronel Marcelo Câmara, empregados do PL, Partido Político do cacique Valdemar da Costa Neto, trata-se de uma armação política. Suspende agora para dar uma satisfação ao STF para quando a poeira baixar, restabelecer o pagamento do salário, oriundo do Fundo Público para financiamento de campanhas políticas, com juros e correção monetária.
    Se fosse para valer, qual a razão do Valdemar, não cortar o gordo salário do Bolsonaro e da Michele, para nenhum dos dois trabalharem?
    Aí, considero uma injustiça do Valdemar da Costa Neto, contra o general golpista, Braga Neto. E pior ainda contra o coronel Marcelo Câmara, que ganha uma merreca de 16 mil reais, comparado com os 40 mil do casal Bolsonaro.

    Quando tudo voltar ao normal, advogo a tese de um aumento nos salários do general e do coronel, Braga Neto e Marcelo Câmara, por ser medida de inteira justiça.

    Se Valdemar não fizer isso, cabe um Habeas Corpus preventivo para assegurar um direito futuro. Está na moda, não é mesmo, senhor, Mangabeira Unger, com todo o respeito.

  7. Personal,

    Leiam os parágrafos abaixo, valea pena, para um entendimiento mais real o que significa a geopolítica, sem mimimo:

    “As imagens falam por si. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebendo, em dois dias seguidos, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, dois dos países de maior peso geopolítico do planeta.

    Não foram visitas de cortesia, como as que se fazem habitualmente entre representantes de nações amigas, mas reuniões de trabalho, negociações intensas, com interlocutores dotados de autoridade e autonomia. Discutiram-se em detalhes os processos dos dois graves conflitos do momento: o genocídio realizado por Israel na Faixa de Gaza e o conflito na Ucrânia, que completa dois anos.

    Lula acabava de voltar de viagem ao Egito e à cúpula da 37ª Cúpula da União Africana, onde foi o único participante de fora do continente convidado a discursar.

    Foi no âmbito dessa reunião, em Adis Abeba, que Lula fez a já histórica declaração que colocou o país em posição de vanguarda mundial na crítica ao morticínio genocida realizado por Israel na Faixa de Gaza.

    Lula teve a coragem e o descortínio de denunciar o massacre de inocentes da Faixa de Gaza. Mencionou, criticando sofrimentos sofridos pelos judeus sob a máquina de morte nazista durante a Segunda Guerra. Verbalizou a indagação que tantos se fazem silenciosamente: como um povo que sofreu tanto é capaz de infligir tanto sofrimento a outro?

    O fato de a reação de Israel ter sido tão imediata, destemperada e baixa atesta a precisão cirúrgica da manifestação do mandatário brasileiro. Lula colheu apoios internacionais abertos junto a silêncios de solidariedade eloquente. A diplomacia brasileira reagiu e repeliu o extremismo israelense. Mesmo Blinken, apesar de se opor, teve que reconhecer a legitimidade e a soberania da posição brasileira. A reunião amistosa, a cautela presente em sua manifestação de discordância em relação a Lula decorrem do reconhecimento irrecusável do peso do Brasil no cenário geopolítico.

    Respeito, aliás, obtido apesar da oposição vexaminosa das elites brasileiras e de seus veículos jornalísticos, contrários a qualquer posicionamento brasileiro que se desvie do evangelho emanado da potência hegemônica, os Estados Unidos, e de seu satélite extremista, Israel.

    A cobertura dessa mídia propiciou um constrangedor espetáculo de sabujice ao império. Terminou desconcertada e humilhada quando seu sol supremo, o Departamento de Estado, em torno do qual ela gravita, viu legitimidade na posição de Lula.

    O Brasil assumiu assim a liderança mais explícita, fora do mundo árabe, da repulsa ao “suplício televisionado” imposto aos palestinos pelo regime israelense.

    Falando com sinceridade e sem medo, Lula despiu o tabu da invulnerabilidade israelense.

    Não se pode ignorar que o jogo cada vez mais sério que o Brasil desempenha na arena mundial se dá num contexto de câmbios agudos na correlação de forças, o que atravessa os conflitos na Europa e na Palestina.

    O grupo do Brics, a que o país está tão identificado sob Lula, já tem hoje a mesma fatia de cerca de 30% da riqueza mundial que o antes inalcançável clube do G7. Há duas décadas, o G7 detinha 42% contra 19% dos Brics.

    A diplomacia brasileira, sob a condução estratégica do chanceler Mauro Vieira, galga portanto um degrau superior de complexidade, em meio à ocupação dos espaços abertos nesse momento de mudanças geopolíticas. ”

    Saudaçoes !

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