Desenvolvimento exige que salários atendam minimamente às necessidades da população

Arquivo do Google)

Charge do Bruno Galvão (Arquivo do Google)

Pedro do Coutto

De uns tempos para cá, todos tratam a questão da desigualdade social como o principal entrave para o desenvolvimento do país e da melhoria das condições da vida da população, objetivo que precisa sempre estar na pauta prioritária dos governos. Porém, é preciso destacar que a desigualdade social dificilmente será eliminada do cenário brasileiro enquanto todos os vencimentos atendam minimamente todas as necessidades básicas dos seres humanos, afastando-os da pobreza e da miséria absoluta.

No futebol, por exemplo, a desigualdade existe, e numa equipe nem todos ganham mensalmente o mesmo valor. Entretanto, todos os jogadores se esforçam com a mesma intensidade para o time obter a vitória. Mesmo os atletas que recebem menos, por sua presença e esforço, têm garantido uma base para as suas vidas, o que não acontece com as demais atividades de trabalho, de forma geral.

EMPENHO – É claro que o futebol, como outras atividades, incluem pessoas mais ou menos gabaritadas para as funções desempenhadas, assinalando até a sua arte nas jogadas. A diferença se estabelece entre uns atletas e outros, mas todos se empenham com a mesma vontade.

Em outras tantas atividades de trabalho, porém, isso não ocorre, pois por mais que se empenhem os que ganham menos, não conseguem alcançar, infelizmente, o nível mínimo para manterem as suas vidas fora da fome e das carências cada vez maiores que atingem a maior parte da população brasileira.

Logo, a questão não é a desigualdade, mas a base mínima suficiente para que milhares de homens e as mulheres, famílias com seus filhos, consigam sobreviver dignamente, Além disso, a desigualdade não é a única explicação para os entraves no desenvolvimento do país. É preciso não esquecermos, principalmente, da necessária redistribuição de renda. Portanto, o compromisso com a democracia inclui também a parte social, sem a qual nenhum governo consegue cumprir a sua tarefa.

DIVERGÊNCIAS – O ministro Fernando Haddad queixou-se em entrevista ao jornal O Globo de algumas alas do PT. Já parte da legenda divergiu do ministro da Fazenda que disse que seus críticos dentro PT não podem celebrar um resultado econômico bom ao mesmo tempo que o chamam de ‘austericida’.

A fala de Haddad sobre as críticas que o PT tem feito à política econômica repercutiram no partido, a exemplo do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder do governo no Congresso, que criticou a condução do governo federal na economia, em especial a definição da meta de zerar o déficit fiscal em 2024. Já o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu, afirmou à rede CNN que as críticas são feitas por uma minoria de partidários.

A tempestade, assim, começa a prejudicar o trabalho do próprio governo que se originou das urnas, elegendo Lula da Silva como a solução – o que é verdade – para assegurar o regime democratico no país, como todos sabem ameaçado pela orquestração da invasão e pelas depredações de Brasília na triste data de 8 de janeiro de 2023.

4 thoughts on “Desenvolvimento exige que salários atendam minimamente às necessidades da população

  1. Voce é a favor ou contra o pix?
    *TAÍ UMA COISA QUE EU NÃO ATENTAVA*

    Se você pegar uma nota de R$ 50,00 e entregar ao barbeiro para pagar o seu corte de cabelo, ele pega a mesma nota de R$ 50,00 e vai ao mercado comprar alimentos. O dono do mercado com a mesma nota vai ao lava-jato e lava seu carro. E isso continua, e após 20 ou 30 transações financeiras a nota de R$ 50,00 vai pertencer a alguém e continuará valendo R$ 50,00.
    Agora, se ao invés de usar uma nota de papel, vc utilizar o cartão (crédito ou débito) para pagar o barbeiro, 1,5% vai para o banco. O barbeiro ao pagar o mercado, 1,5% vai para o banco. O dono do mercado ao lavar seu carro e pagar com cartão, 1,5% vai para o banco.
    Após 20 ou 30 transações, por cartão, os R$ 50,00 já não existem mais na mão de ninguém, pois foi todo para o banco. Entenderam o motivo de estarem tão desesperados para se livrarem das notas de papel e tudo virar digital?

  2. Salário é preço e como tal seu valor é determinado pela oferta e demanda SEMPRE!

    Em nenhum país do mundo se paga mais os trabalhadores por mera “justiça social”, isso é um delírio, quem contrata sempre ofereça o mínimo possível, quem é contratado sempre pedirá o máximo que puder.

    O que determinará o valor entre estes dois, será a disponibilidade de mão de obra e a demanda por ela. Não é lei, não é alguma norma do governo, não é o desejo de algum autor de textos idiota.

    Para que os salários no Brasil subam, a economia precisa crescer o suficiente para que se crie uma demanda e se produza recursos de tal forma que naturalmente os salários subirão.

    Foi assim em TODOS os lugares. Não existe mágica. Não existe atalho, não existe lei, boa vontade que mude essa lógica simples.

  3. “É preciso não esquecermos, principalmente, da necessária redistribuição de renda.”

    Para se distribuir renda é preciso antes haver renda.

  4. Mestre Pedro do Couto, o PT sob a presidência da deputada Gleisi Hoffmann e seu companheiro como ala, o deputado Lindbergh, vulgo lindão, demonstra que não aprenderam nada, com os erros do passado. Erros, que abriram caminho para a ascensão do Bolsonarismo.

    O povo deu mais uma chance, porém, vem sendo desperdiçada, pelos ataques ao ministro da Economia, o melhor quadro técnico e intelectual do Partido, o professor Fernando Haddad. Fica parecendo, que o PT tem uma saga por integrantes medíocres e incapazes de entender o Brasil, o presente e o futuro.

    Gleise e o PT, tanto criticaram o ministro da Justiça, Flávio Dino, o mais capaz, ministro do governo Lula e com medo da sua candidatura presidencial em 2026, deram um jeito de tirar Dino da disputa, impondo a Lula, a indicação dele ao STF. Lula, docemente constrangido fez a indicação.

    Agora, rifado um concorrente, o PT volta suas baterias contra Fernando Haddad. Se
    conseguirem exito nessa empreitada traiçoeira, o PT vai cavar um gigantesco buraco, na qual toda a sigla caberá no poço lamacento.

    Em 2022, o PT elegeu 77 deputados federais. O PL de Jair Bolsonaro, elegeu 99 deputados. Foi uma lavada. Pelo andar da carruagem, de erros em erros, o PT vai encolher ainda mais, ao ponto de rumar para o mesmo destino do PSDB, um partido quase nanico, depois do furacão da trairagem tucana, o ex governador João Dória.
    A Gleise Hoffman, copia fielmente a mesma estratégia errada de Dória, com uma pequena diferença : Gleise, nunca foi e jamais será governadora do Paraná, Estado de seu nascimento.

    O que me espanta, é o silêncio assustador do presidente Lula, que assiste ao naufrágio do navio petista, sem esboçar nenhuma reação, para barrar a debacle anunciada.

    A oposição está atenta a tudo e agindo na calada da noite, preparando o bote para voltar ao Poder em 2026. A preparação segue firme, nessa Avant premiere da eleição municipal, de outubro de 2024.
    O PT já sabe, que vai perder em São Paulo, em Minas e no Rio de Janeiro.
    Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina são favas contadas, a derrota do PT.

    Com todas essas derrotas, Gleise não se sustenta na presidência do PT, em 2025. Se não houver correção de rumos, poderemos ter, uma nova versão do maluco Milei no Brasil em 2026. Fiquem de olho, nesse carreirista chamado Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo. Um ser perigosíssimo, que nos fará, sentir saudades de Jair Bolsonaro.

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