Congresso está convicto de que deve dar um basta nos superpoderes do STF

RECRUTANDO GENERAIS: O STF ATUAL LEMBRA A IDADE MÉDIA EUROPEIA - Patria Latina

Charge do Mariano (Arquivo Google)

Carlos Newton

Para o jornalista de política, uma das maiores dificuldades é se livrar de notícias plantadas, que parecem fazer sentido, mas não têm base na realidade. A bola da vez agora é o enfrentamento entre o Congresso e o Supremo. As notícias plantadas abundam nos portais da imprensa, com versões extremamente criativas. Mas quando são submetidas à tradução simultânea, pouco resta.

De início, a briga é superdimensionada pelos próprios ministros do Supremo, como se estivessem sendo açoitados em público. Eles se julgam as cerejas do bolo institucional, mas na verdade são cheios de defeitos, como os demais poderes, que eles alegam proteger, “ao salvar a democracia”.

FORA DA POLÍTICA – O fato concreto, inarredável, é que o Supremo e seu irmão xifópago TSE não têm de se meter em política nem privilegiar esta ou aquela corrente partidária ou ideológica.

Na condição de cidadãos-contribuintes-eleitores, como dizia Helio Fernandes, os brasileiros estão dispensando esses supostos favores dos ministros, que a todo momento alardeiam terem evitado um golpe de estado, ao fazerem a manobra que começou em 2019 com a soltura de Lula e culminou em 2021 com sua estranhíssima descondenação, devido a suposto erro do endereço da Vara Criminal.

Se tivessem um mínimo de noção e de humildade, os espalhafatosos ministros do STF perceberiam que não foram eles que evitaram o golpe, pois a façanha deve ser atribuída ao verdadeiro autor – o Alto Comando do Exército, conforme consta nas memórias de um certo ajudante de ordens que enlameou as Forças Armadas e enriqueceu nos Estados Unidos, junto com o pai e o irmão.

NA FORMA DA LEI – O que cabe aos ministros do STF e do TSE é julgar na forma da lei, sem contorcionismos nem interpretações criativas, como têm feito para liquidar a maior operação contra a corrupção já realizada no mundo. Como se não bastasse o milagre de “ressuscitar” Lula, ao mesmo tempo os ministros querem inocentar a maior concentração de corruptos da História Universal.

Diante desse quadro, o Congresso está convicto de que é preciso dar um basta ao Supremo. Como aceitar, por exemplo, que um deputado perca o mandato num julgamento em que o TSE “inverteu” sua jurisprudência e criou a figura da “presunção de culpa”, algo que só existe nas piores ditaduras?

Como diria o comentarista Délcio Lima, que anda sumido, essa bagaça não pode dar certo.

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P.S. 1
Abusando da redundância, Alexandre de Moraes disse que “os ministros não são covardes nem medrosos”. É fato. Eles têm demonstrado uma coragem e uma empáfia realmente chocantes. Mas podem espernear à vontade, porque o Congresso não vai desistir de enquadrar quem pensa que manda no país, sem ter mandato com tal prerrogativa.

P.S. 2 – Diante dos faniquitos dos ministros do Supremo, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, deu uma entrevista coletiva realmente historica, colocando as coisas em seus devidos lugares institucionais. O assunto é apaixonante e logo voltaremos a ele, com novas traduções simultâneas. (C.N.)

8 thoughts on “Congresso está convicto de que deve dar um basta nos superpoderes do STF

  1. P.S. 1 – Abusando da redundância, Alexandre de Moraes disse que “os ministros não são covardes nem medrosos”.

    Sr. Newton

    Há contravérsias, como dizia Pedro Pedreira…

    Pago uma passagem ida e volta para Paris com acompanhante, com visita a Maior Adega Multi-Bilionária do Mundo, na Avenue Foch, se qualquer um dos Sinistros do Supremo Divino andar pela Avenida Paulista……

    Vamos lá machões, mostrem que não são covardes nem medrosos…..

    • Dá-lhe Pachecão….

      Aproveite a onda e coloque o fim da Maldita da Reeleição…..

      Jogue esse lixo devastador junto com o “dono da reeleição” no esgoto coveiro entre as Marginais….

  2. Recados recíprocos. Apenas isso. Nada de concreto, apenas iscas para repercussão e gáudio dos desavisados..

    E os verdadeiros problemas continuam, os privilégios idem.

  3. Os onze deuses da suprema corte não querem, de jeito nenhum, perder os privilégios que eles mesmos se deram, o de julgar ao seu gosto e não segundo a Lei. Agora o Congresso Nacional vai pelo mesmo caminho, vai fazer o que bem entende, porque neste país não temos lei, deixamos de viver em um Estado de Direito já há alguns anos.

  4. O problema do Brasil e do povo brasileiro não são os super poderes do STF mas isto sim as supercagadas do congresso dominado pelo famigerado centrão, que não dialoga com a mega solução, via evolução, e, por isso, leva para o abismo, de roldão, a república do militarismo e do partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, e com eles o presente e o futuro da nação, das novas, próximas e futuras gerações.

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