Constatação! É melhor discutir o futuro do Brasil em Paris do que na Favela da Maré

Em Paris, Rodrigo Pacheco e Gilmar Mendes protagonizam embate sobre limites dos Três Poderes - Diplomacia Business

Gilmar, Dantas e Pacheco, mediados por William Waack

Vicente Limongi Netto

“Melhor ser infeliz em Paris”, dizia Sérgio Porto. “Como Paris é linda no outono”, vibra o jornalista Cláudio Magnavita. A capital francesa realmente é cenário ideal para fugir dos maníacos matando inocentes em Israel e Faixa de Gaza.

Também para esquecer das enchentes destruindo casas e desalojando moradores, no Paraná e Santa Catarina. Ou, ainda, para aliviar a secura da fumaça das queimadas que maltratam a saúde e o humor dos moradores de Manaus.

TAPETES E BANDEIROLAS – Nesse sentido, como ninguém é de ferro, o feriadão abriu passagem, com tapetes e bandeirolas, ao som de violinos, para acolher, em Paris, os notáveis e operosos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira.

Com a mesma pompa, o presidente do Supremo, ministro Luiz Roberto Barroso, com o agora amigo Gilmar Mendes, o presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas, e o governador do Pará, Helder Barbalho, entre outros felizes, premiados e garbosos cidadãos brasileiros, escalados para elegante e sacrificante regabofe do grupo Esfera.

Nota-se como a vida é bela. Para os mesmos.

DIA DO MESTRE – Tive bons professores. No jornalismo, nas escolas, em casa e na vida. Guardo eespeito e admiração por todos eles. Alguns deles estão no céu. Constatam que não erraram em acreditar em minhas virtudes.

A jornalista Ana Dubeux (Correio- Braziliense – 15/10) deposita todas suas esperanças nos professores. A seu ver, os mestres “são passaporte para o futuro”. Professores ganham prêmio Nobel em todas as categorias. São premiados com títulos de Honoris Causa, são eternizados em nomes de ruas, praças e avenidas. Professores são amigos e confidentes. Bons alunos amam os professores.

No Brasil, porém, geralmente são vítimas do descaso. São humilhados, insultados, ganham pouco. Nunca são valorizados como merecem. A gratidão e louvores de Ana Dubeux expressam bem a alegria da maioria das famílias: “A todos os que abraçaram esse ofício revolucionário, o nosso agradecimento e a nossa eterna homenagem. Sempre estaremos aqui para reforçar sua importância”.

9 thoughts on “Constatação! É melhor discutir o futuro do Brasil em Paris do que na Favela da Maré

  1. Ligeiro reparo, salvo ledo e ivo engano: a frase original, de autoria do saudoso Sérgio Porto, é:”Dinheiro não traz felicidade, mas é melhor ser infeliz em Paris”. Amém!

  2. Minha mãe dizia que o exemplo arrasta, espelhando-se na nossa principal autoridade, as onze sacrossantas autoridades supremas decidiram seguir à risca o proceder do chefe do executivo. Aí é muito mais estimulante decidir e debater os problemas nacionais tendo os Campos Elísios como pano de fundo. Também senti o mesmo quando tive a felicidade de viajar à Europa, pagando do meu bolso e ver de lá o que se passava aqui em Pindorama, muitas vezes com grande pesar no coração.

  3. Mais magistério

    Menos perdulária, inútil, lenta, destrutiva, prejudicial à economia “autoritarismagistratura”, que rasga a Constituição e viola as Leis todos os dias no Brasil.

  4. Compartilho com você, Vicente Limongi Netto, da homenagem ao professor. Nos últimos quatro anos, os professores foram desconsiderados. Bolsonaro crê, naquela alma complicada, que os professores são de esquerda.
    Tentou por todas as maneiras, criar Escolas Militares pelo país, lógico, os militares iriam ministrar as aulas. Credencial: ser militar. Trágico para não dizer cômico.

    Pensou se até, nos pais educarem seus filhos em casa. Quanto absurdo

    Desejo tudo de bom para os professores, afinal, o que seria de nós, sem a orientação dos mestres.

  5. Em relação ao debate promovido pelo grupo Esfera Brasil em Paris, chamou a atenção o papel vergonhoso protagonizado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
    Nesse Fórum, na cidade luz, o senador por Minas Gerais defendeu limitações ao Poder Judiciário.

    Na prática, Pacheco, Alcolumbre, Sérgio Moro, os senadores do PL vão tentar submeter as decisões da Suprema Corte ao crivo dos senadores. Pacheco e sua turma de Ditadores do Senado, pretendem entoar o famoso bordão:
    O Senado vai errar por último.
    Qualquer decisão, que entrar em conflito com os interesses de suas excelências, o Senado, será revisto no Plenário.

    Na prática, se esse absurdo passar na casa senatorial, estará implantada a Ditadura do Legislativo, pairando soberano sobre os Poderes Executivo e Judiciário.

    Os senadores vão definir e derrubar, as decisões do Colegiado do STF, que na ótica dos senadores juristas, tenham extrapolado os limites constitucionais. Trata-se de uma aberração jurídica e uma afronta ao Texto Constitucional, exarado na Carta Magna de 1988.

    Tem mais, Pacheco e Davi Alcolumbre, a sombra por trás do atual presidente do Senado, querem também acabar com as decisões monocráticas.

    O Congresso, Câmara e Senado atuam de forma vingativa contra o Supremo Tribunal Federal, porque os ministros agiram no vácuo do Legislativo, que deixaram o ancião regime, praticar as maiores barbaridades sem fazer praticamente nada, tanto na Pandemia quanto na tentativa de Golpe de Estado. Se não fosse a atuação firme do STF, as perdas de vidas na Pandemia, na ordem de 700 vítimas da Covid, seria multiplicada por três .
    O STF atuou na linha de frente, contra o processo do Golpe de Estado. Se prosperasse aquele vandalismo do oito de janeiro de 2023, em dia de funcionamento do Congresso, deputados e senadores seria assassinados, o Congresso fechado com a implantação da Ditadura de um homem só.
    Cassações, prisões, torturas e mortes. Os parlamentares iriam fazer o que, diante de tantas injustiças, principalmente com os cidadãos progressistas, procurados em cada rua, cada cidade, até pelo guarda da esquina, para lotar as prisões fedidas, imundas e insalubres do Brasil varonil.

    Nos livramos de um Golpe de Estado devastador, muito pior do que o desfechado em 1964. No entanto, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, parece, que não entenderam o recado do submundo do mal. Nos escombros do que ficou, no fracasso da empreitada golpistas, as mesmas peças do xadrez, se organizam nas sombras para tentar uma nova tomada do Poder pela via autoritária das armas, em nome da divindade,vida pátria e da família, o lema enganador usado pelo fascismo de Mussolini, a quem tentam copiar.

    Pense nisso, ilustre senador Rodrigo Pacheco. Daqui há um ano, Vossa Excelência deixará a presidência do Senado. Será que o Brasil resiste a tanta maldade contra o povo e contra a Democracia? E pior, vindo de quem jurou defender a Constituição? Estão de brincadeira, quero ver, se vão rir depois, que a casa cair.

  6. Parabéns aos valorosos, mas pouco valorizados, professores pelo seu dia.
    Que a educação, principalmente a básica, seja tratada como um VALOR por todos no nosso país.

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