Bela Megale
O Globo
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados mudaram o discurso sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid. Quando veio à tona a homologação do acordo de delação de seu ex-ajudante de ordens, Bolsonaro se recusava em acreditar que a tratativa o envolvia diretamente.
O ex-presidente, no entanto, passou a desconfiar que, de fato, era a peça central da delação, quando o conteúdo do acordo começou a ser revelado.
MINUTA GOLPISTA – Um dos trechos foi publicado pela coluna, que informou que Cid contou, em sua delação, que o ex-presidente se reuniu com comandantes das Forças Armadas para debater uma minuta golpista, após ser derrotado por Lula.
Dois meses depois de o ex-ajudante ter firmado seu acordo com a Polícia Federal, Bolsonaro mudou a versão. Agora, passou a dizer que os fatos teriam sido “inventados” por Cid, para se “livrar” dos erros que o ex-presidente atribui ao próprio tenente-coronel.
Uma das maiores irritações do clã Bolsonaro é o fato de o militar ter preservado o conteúdo de seu telefone celular. A conduta é oposta à de Jair Bolsonaro, que não fala nada comprometedor pelo telefone.
NOVA ACUSAÇÃO – O repórter do “UOL” Aguirre Talento revelou um novo trecho da delação de Cid. Na reportagem, informa que o ex-ajudante de ordens contou que Bolsonaro queria esconder, no Palácio da Alvorada, militantes que eram alvos da PF.
O ex-presidente e seu entorno negam a informação e colocam a culpa em Cid, apontando o ex-aliado e agora algoz como o elo com os radicais que formavam a base bolsonarista.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A lavação de roupa suja é bobagem, porque as acusações da delação premiada só têm valor se houve provas materiais que as confirmem. Achar as provas é a missão da Polícia Federal. (C.N.)
A delação do Mauro Cid e o relatório da CPMI, só servem para comprovar que Bolsonaro era o cabeça do golpe.
Um Presidente da República ir contra a ciência com relação a vacina para combater covid 19 e indicar cloroquina para o cura., é prova de crime.
Um Presidente da República que permitiu os acampamentos nas portas dos quarteis como base para a tentativa de golpe, é prova de crime
Uma minuta de golpe que rolou nas mãos do golpistas, claro o presidente sabia, é prova de crime
Os atos de vandalismo dos dias 8 e 24 de dezembro não foi combatido nem evitado, teve a anuência do presidente que estava no cargo, isso também é crime.
A quem interessava um golpe para continuar no poder? Um criminoso.